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Marrocos: o que você precisa saber antes de viajar

Vai viajar para o Marrocos? Nesse post sincero e sem meias verdades contamos tudo o que você precisa saber antes de viajar para o Marrocos.

Jemaa el-Fna no Marrocos
Praça Jemaa el-Fna, Marrakech

O Reino do Marrocos é um destino que ao mesmo tempo fascina e choca o visitante brasileiro, graças ao abismo cultural e religioso em que somos imersos ao visitar esse país no norte da África.

Fomos conhecer o país e em um roteiro de 10 dias viajando em um carro alugado, passamos dentre outras cidades por Fez, Meknés, Ifrane, Mergouza, Deserto do SaaraTinghirGargantas de Todra, Ouarzazate, Alto AtlasMarrakech.

Turismo no Marrocos

Viajar para o Marrocos é um sonho de muitos brasileiros. Os mais jovens talvez não saibam, mas O Clone (2001/2002), uma das novelas brasileiras de maior sucesso tinha como pano de fundo a cultura marroquina e teve cenas gravadas na Medina de Fez, nas ruínas do kasbah Ait Ben Hadou em Ouarzazate, no mercado de camelos de Marrakech, na cisterna portuguesa de El Jadida e e no deserto do Saara.

Tamanho foi o sucesso que praticamente todos os canais de TV e revistas fizeram matérias sobre o país e a quantidade de brasileiros que visitaram o Marrocos nos anos seguintes deu um salto enorme, chegando a 16 mil em 2010, número que só continuou subindo, alcançando a marca dos 45 mil turistas em 2017 e as autoridades marroquinas esperam que o país receba em 2018 ao menos 60 mil visitantes brasileiros.

O Marrocos, ou Morocco em inglês, é um país de muitos contrantes com boa parte da população vivendo em condições de pobreza, cidades milenares, palácios suntuosos e parte do território no fantástico deserto do Saara, cenário de tantos filmes e desenhos, que sempre me encantou e parecia inalcançável.

Conhecer esse incrível país, vivenciar sua cultura, costumes e religião, visitar e passar uma noite nas dunas de Erg Chebbi, em pleno deserto do Saara foram os maiores objetivos dessa viagem.

O que você precisa saber antes de viajar para o Marrocos

Mas essa não é uma viagem tão simples de ser colocada em prática. Não é como viajar para algum país vizinho da América do Sul, Estados Unidos ou Europa.

Viajar para o Marrocos requer planejamento, muita leitura, cabeça aberta, tolerância e respeito as diferenças entre a cultura árabe e a nossa.

Deserto do Saara no Marrocos
Dunas Erg Chebbi, Merzouga

Cidades Imperiais 

Cidades Imperiais é como são conhecidas Fez, Marraquexe, Rabat e Meknès, as quatro cidades que foram capitais das antigas dinastias que reinaram no Marrocos.

O rei do Marrocos

O Marrocos é um reino e desde 1999 quem reina é o rei Maomé VI. A Forma de Governo é a Monarquia Constitucional e o Sistema de Governo o Parlamentarismo. 

O poder executivo é dividido entre o governo (Primeiro-ministro) e o rei, que exerce um papel parecido ao de um presidente nos países republicanos e, diferente das monarquias europeias, possui plenos poderes executivos e é o líder religioso, comandante dos fieis, seguindo a ordem de descendente direto do profeta Maomé. O rei é quem comanda o Conselho de Ministros, escolhe o Primeiro-ministro e demais membros do governo e é o chefe das forças armadas.

População

A população do país é de cerca de  35 milhões de habitantes e a capital marroquina é a cidade de Rabat.

Moeda

A moeda local é o dirham marroquino (MAD) e em maio de 2018, 1 euro valia 11 dirhams e 1 dólar 9 dirhams.  Não é possível comprar dirhams fora do Marrocos e é proibido levar a moeda para fora do país.

Dessa forma, quem viaja para o Marrocos precisa comprar uma moeda forte no Brasil como o euro e o dólar para trocar pela moeda marroquina quando chegar no Marrocos. O real não é bem valorizado por lá, não sendo recomendado levá-lo.

Tensão e tomadas

A tensão no Marrocos é 220 Volts e as tomadas são dos tipos C e E, sempre sendo recomendado viajar com um adaptador universal encontrado aqui no Brasil em qualquer dessas lojas de bugigangas por menos de 10 reais.

Visto para o Marrocos

Brasileiros não precisam de visto para visitar o país a turismo, sendo necessário portar passaporte com validade mínima de 6 meses.

Não é preciso tomar nenhuma vacina especial e/ou portar Certificado Internacional de Vacinação. Porém a recomendação é sempre estar com as vacinas em dia, não só para viajar para o Marrocos, mas para qualquer país do mundo.

Como chegar

1) Voos do Brasil

Há voos diretos de Guarulhos para Casablanca pela companhia Air Maroc e são comuns as promoções de passagens, com preços bem atrativos, muitas vezes inferiores a R$2.000,00 ida e volta.

Várias outras companhias aéreas tem voos do Brasil para o Marrocos com conexão em outro país da África ou na Europa.

Veja como foi a experiência do blog Uma Senhora Viagem chegando ao Marrocos por Casablanca com a companhia Air Maroc.

2) Voos da Europa

Também é muito comum associar uma visita a Europa, principalmente a Portugal e Espanha a uma viagem pelo Marrocos, já que desses países é comum encontrar passagens com preços irrisórios nas companhias de baixo custo europeias para o Marrocos.

3) Ferry

A última opção é atravessar o mar Mediterrâneo pelo Estreito de Gilbratar de ferry, desde o sul da Espanha até Tânger no norte do Marrocos.

curtume de Fez no Marrocos
Tannerie Chouwara, o famoso curtume de Fez no Marrocos

Que línguas se fala no Marrocos

Muita gente pensa que a língua oficial do Marrocos é o Francês. Ledo engano, as línguas oficiais do país são o árabe, falada por todos e o tamazigues ou línguas berberes, falada principalmente no interior do Marrocos.

O que acontece é que como o país esteve sobre protetorado da França entre 1912 e 1956, a língua francesa é ainda muito utilizada no país, sendo falada por parte da população e estando presente nas placas de trânsito, anúncios, propagandas de TV, no comércio, cardápios, etc, sempre com a devida correspondência em árabe.

Muitos blogs dizem que todos no Marrocos falam francês, mas isso não é verdade. É muito fácil encontrar quem não fala a língua por nunca ter aprendido e até mesmo por falta de interesse, tendo priorizado o estudo do inglês ou do espanhol.

No interior do país e mesmo nas grandes cidades há quem só fale árabe ou berbere, mas não se preocupe, nos locais turísticos, restaurantes e hotéis acostumados a receber estrangeiros sempre terá alguém que fale inglês, espanhol e algumas vezes até português.

Nas ruas das grandes cidades e nas Medinas é muito fácil encontrar pessoas que falam muitas línguas, já que o povo marroquino é historicamente comerciante e o país sempre esteve presente nas rotas comerciais, obrigando quem trabalha nesse ramo a aprender muitas línguas.

Entre os mais jovens é fácil encontrar pessoas com bom conhecimento da língua inglesa ou ao menos o suficiente para manter um diálogo, assim como fluentes em francês e conhecedores da língua espanhola.

De toda forma, não deixe de instalar em seu celular o aplicativo de tradução da sua preferência (nós indicamos o Google Tradutor) e baixar off line as línguas francesa e árabe. Com certeza vai ser útil e pode ser sua salvação em algum momento da viagem.

Medina de Fes no Marrocos
Medina de Fez

Religião

O Marrocos é um país oficialmente Islâmico e compõe, junto com mais 21 países, o chamado Mundo Árabe. Apesar disso, sempre foi considerado um dos países islâmicos mais liberais do mundo.

O Islamismo é uma religião monoteísta que surgiu na península arábica no século VII, profetizada por Maomé e o alcorão, sua escritura sagrada e que tem 5 pilares, sendo eles:

– a Fé, que significa professar e aceitar o credo;
– a Oração, sendo necessário orar 5 vezes ao longo do dia, sempre voltado em direção a Meca (templo mais importante da religião localizado na Arabia Saudita);
– a Caridade, que consiste entre outras coisas em doar dinheiro aos necessitados;
– o Jejum, devendo o fiel obrigatoriamente observar as obrigações do Ramadã;
– a Peregrinação, sendo mandatório a todos que tenham condições físicas e financeiras fazer a peregrinação a Meca, pelo menos uma vez na vida.

Estima-se que 98,7% da população marroquina seja muçulmana, termo que é sinônimo de Islâmico, de quem professa a fé no Islã. Em uma população de mais de 35 milhões de pessoas, apenas cerca de 100 mil são cristãos e 10 mil são judeus.

Apesar de chamar muita atenção pela beleza de suas arquiteturas, as mesquitas no Marrocos só podem ser visitadas por muçulmanos, com poucas exceções, como a mesquita Hassan II em Casa Blanca, a maior de toda África.

Mesquita Kairaouine em Fes
Mesquita Kairaouine em Fez

Costumes e vestimentas

Como qualquer país Islâmico, no Marrocos os costumes estão ligados a religião, sendo respeitados pela população.

Como já foi dito, por ser o país islâmico mais liberal do mundo é comum ver mulheres marroquinas com os cabelos descobertos, principalmente nas grandes cidades, mas a maior parte delas utilizam o véu.

Dentro das Medinas, as roupas usadas por homens e mulheres são mais tradicionais, com o uso  da djellaba, uma peça larga e comprida que pode ser usada por ambos os sexos e que se parece com um robe, que também pode ter capuz com ponta bicuda, que protege do sol e do frio.

Medina de Fez no Marrocos
Mulheres na Medina de Fez

Os turistas devem evitar roupas que marquem muito o corpo, decotes, bermudas, shorts, saias curtas, camisetas e regatas, principalmente quando estiverem vistando as Medinas, em respeito aos costumes locais.

As mulheres não precisam cobrir os cabelos, mas várias turistas preferem usar um lenço para tentar evitar o assédio masculino (sim, acontece), dos vendedores, pessoas que exploram animais (macacos e serpentes) e de pedintes. O mesmo serve para os homem.

Caso prefira se mostrar como turistas através de roupas chamativas, bermudas e regatas, esteja preparado para ser sempre visto como uma fonte de dinheiro pelos aproveitadores.

Outra coisa que chama muita atenção são as tatuagens, já que são proíbas no Islã. Se possível cubra suas tatuagens quando for visitar as Medinas das grandes cidades e sempre nas cidades menores, isso vai afastar olhares curiosos e de desaprovação, além de evitar o assédio dos aproveitadores.

Segurança: cuidado com os aproveitadores

Mas quem são esses aproveitadores? No Marrocos não há sérios problemas de segurança. Assaltos a mão armada, latrocínios e estupros não são comuns no país.

Talvez por causa da religião e dos antigos costumes, que ainda são preservados em outros países islâmicos e mesmo que clandestinamente em alguns lugares no interior do Marrocos, com a rigorosa aplicação da sharia (lei islâmica) e suas severas penas, o país não traz muitos riscos aos turistas.

O crime costuma se resumir a ação de batedores de carteiras, golpistas e dos aproveitadores.

Nós, brasileiros, já estamos acostumados a nos precaver contra batedores de carteiras e golpistas. Aja por lá como agiria aqui no Brasil em qualquer grande cidade e você estará seguro contra esse tipo de criminosos. Mas e os aproveitadores?

Sabe aquele tipo de pessoa que fica a espreita de turistas para poder tirar proveito da forma que for possível em diversas cidades do Brasil e até mesmo na Europa? Estão soltos aos montes nas grandes cidades marroquinas e principalmente em suas Medinas.

Eles podem ser crianças, adolescentes, adultos ou idosos de ambos os sexos, mas na maioria das vezes do masculino. Ficam parados nas esquinas, becos ou porta de lojas das Medinas esperando alguém que dê o mínimo sinal que esteja um pouco perdido, seja por olhar o Google Maps na tela do celular, por procurar indicação de nomes de ruas ou por folhear as páginas de um guia de viagem para se aproximar de forma cortês e educada perguntando de onde a pessoa é, fazendo de tudo para falar a língua da pessoa ou mostrar que conhece algo do seu país de origem (no caso dos brasileiros vão falar “Neymar” ou “Ronaldinho”) e então oferecer ajuda ao turista.

Acontece que, o que você a princípio vai achar uma atitude louvável, logo em seguida vai perceber que o aproveitador só estava atrás do seu dinheiro, pois ele vai pedir uma quantia elevada por ter dado uma simples informação, isso quando não vai sair andando a sua frente ou ao seu lado até o seu destino e pedir um “pagamento” ainda maior por ter te guiado.

A primeira vez pode até não chatear tanto, mas isso vai acontecer sempre e pode acabar manchando suas impressões sobre o Marrocos.

Dessa forma, o melhor a se fazer é ignorar qualquer pessoa que tente te “ajudar”, principalmente nas Medinas de Fez e Marrakech.

Faça de tudo para não precisar pedir informações nessas Medinas, seja planejando todo seu percurso de forma antecipada, se juntando a um tour guiado ou contratando um guia particular ou mesmo fazendo amigos na cidade através do Couchsurfing, site de relacionamento de viajantes que une pessoas com o objetivo comum do intercâmbio cultural entre viajantes e locais. Mas tome cuidado, até mesmo no Couchsurfing há aproveitadores.

Pessoas sozinhas, principalmente as mulheres, chamam mais atenção dos aproveitadores.

Mulheres sozinhas podem sofrer assédio, vi isso acontecer em Fez, quando marroquinos “mexiam” com uma francesa que estava caminhando pelas ruelas da Medina sozinha. Em seguida um homem que falava francês se aproximou e ela acabou aceitando a “ajuda”, talvez para se livrar do assédio dos demais homens.

Mais tarde vi ela em outro ponto da Medina ainda com o homem que a estava “guiando” e que com certeza cobrou um valor significativo ao final, que provavelmente não informou no primeiro momento, já que sempre dizem ser seu grande amigo e que vão te ajudar por isso. 

Caso você se sinta incomodado(a) ou perseguido(a) peça ajuda a algum policial, famílias ou em lojas movimentadas.

Não é nem preciso falar para evitar lugar mais afastados nas Medinas, longe da muvuca de turistas. Só vá a esses lugares se estiver com um guia ou morador local de confiança, nunca com um aproveitador, pois ele pode te levar a um local ermo e avisar algum comparsa que irá te amedrontar e exigir dinheiro dizendo que ali é sua propriedade ou local de trabalho e que é preciso pagar pela visita.

Tombe dei Merenidi em Fez no Marrocos
Tombe dei Merenidi em Fez (Muito cuidado ao visitar)

Tome muito cuidado como pedestre nas ruas das grandes cidades. O trânsito no Marrocos é um caos e os motoristas não respeitam as regras de trânsito e muito menos os pedestres.

Mesmo nas faixas de pedestre é preciso ter certeza de que nenhum motorista avançou o semáforo antes de começar a atravessar.

Como motorista sempre dirija com muita cautela e atenção aos demais veículos, principalmente motocicletas.

Veja o que os blogs Vou na Janela e Caminhos me levem escreveram sobre os aproveitadores no Marrocos.

Táxis no Marrocos

Mas não para por aí, há outros tipos de aproveitadores. Se você não fala árabe, vai ser praticamente impossível encontrar um taxista que aceite ligar o taxímetro, isso quando encontrar táxis com o aparelho. Quando eles percebem que você é turista irão te falar um preço fixo entre 5 a 10 vezes maior do que um marroquino pagaria, e o pior, alguns vão parar e embarcar outros passageiros até completar a lotação do veículo, já que essa prática é comum no Marrocos.

Como o transporte público é precário ou inexistente, muitas vezes a única saída será tomar um táxi. Tente descobrir antes quanto costuma custar a viagem que você irá fazer perguntando na recepção do hotel e não aceite pagar mais do que isso.

Entre no táxi e diga o destino ou mostre na tela do celular, vá acompanhando o percurso via aplicativo Google Maps e por fim entregue em dinheiro trocado o valor exato ou apenas um pouco mais do que te disseram valer a viagem, tentando ao máximo durante o trajeto não demonstrar que não conhece bem o percurso.

Em último caso pague o valor justo e desça do carro ou aceite pagar o que ele cobrar caso não queira ter a chance de passar por ainda mais aborrecimentos.

Para se locomover do aeroporto para o hotel e vice-versa, dê preferência aos transfers oferecidos pelos hotéis, que apesar de caros, com certeza são mais seguros e tem menos chances de dar dor de cabeça do que os táxis, até porque o valor da viagem será pago adiantado no hotel.

Uber e demais aplicativos não funcionam no Marrocos.

Bab Rcif em Fez no Marrocos
Porta Bab Rcif em Fez.

Bebidas Alcoólicas

Muçulmanos são proibidos pela lei do Islã de consumir bebidas alcoólicas. Como país oficialmente islâmico, no Marrocos não é comum encontrar álcool em cafeterias, restaurantes e até mesmo bares e boates.

Mas é claro que muitos marroquinos bebem às escondidas, seja nas suas casas ou em estabelecimentos comerciais.

Em supermercados como o Carrefour é possível comprar bebidas sem restrições, mas não é permitido beber em público.

Nos meses do Ramadã é ainda mais difícil encontrar estabelecimentos que vendam bebidas e até mesmo pequenos mercados podem deixar de vendê-las.

Nas cafeterias espalhadas por todos os cantos é muito interessante ver os homens reunidos se refrescando com o famoso chá de hortelã, bebida típica marroquina ou com o também famoso suco de laranja marroquina, conhecidas por serem muito doces.

Mulheres não costumam ser vistas na maioria dos cafés e quando são vistas costumam estar sentadas em um canto mais reservado.

Comidas típicas

Basicamente a cozinha marroquina se resume ao tajine e ao cuzcuz.

O tajine é um delicioso ensopados de carne, frango ou ovelha feito na brasa em um prato de barro com tampa no formato de cone, sempre acompanhado de pão.

No Marrocos é o prato das sexta-feiras ou dias de festa, mas está disponível todos os dias nos restaurantes turísticos.

Tagine
Tajine marroquino

Já o cuscuz marroquino é feito com sêmola de trigo misturado com frutas secas, carnes e legumes. 

No Marrocos tradicionalmente se come usando as mãos, mas nos restaurantes turísticos são disponibilizados talheres. 

O café da manhã marroquino é simples mas saboroso e é composto por panquecas, pão, queijo, azeite, café e chá de menta.

Pelas feiras e medinas você vai encontrar muitas frutas, doces e poderá ter experiências com a comida de rua, porém antes certifique-se das condições de higiene.

Quando ir

Devido a sua localização ao norte da África e com parte de seu território em região desértica, o Marrocos é extremamente quente durante o verão. 

Mesmo em cidades distantes do deserto, nos meses de julho e agosto as temperaturas são muito elevadas, o que aliado ao tempo seco pode ser muito desagradável ao turista.

Além disso, nesse período, por ser férias na Europa, o país receber muitos visitantes europeus, o que inflaciona os preços e faz com que os atrativos turísticos estejam sempre lotados.

Sem dúvidas a melhor época para visitar o Marrocos é durante a primavera, entre os meses de março e maio e durante o outono, de setembro a novembro, quando as temperaturas estão mais amenas e as cidades não estão lotadas de turistas europeus.

palmeiras de tâmaras
Oásis em Tinghir

Opções de Hospedagem

1) Riads, Kasbah ou hotéis?

Muitos turistas preferem se hospedar nos tradicionais Riads, uma espécie de hotel localizado em pequenos palácios construídos geralmente dentro das Medinas, na região histórica das cidades. Antigamente serviam de residência para as famílias ricas, sendo transformadas em hotéis turísticos.

Já os Kasbah são as antigas residências fortificadas dos povos berberes, dos padrões mais simples aos super luxuosos.

Quem escolhe esses tipos de hospedagem geralmente busca ter uma experiência mais autêntica, vivenciando de perto a cultura do Marrocos e os costumes das famílias que administram esses locais, provando a culinária típica, o delicioso café da manhã tradicional e apreciando a arquitetura e decoração tradicional marroquina.

Medina de Fez no Marrocos
Riad na Medina de Fez

2) Dentro ou fora da Medida?

Outra questão importante é onde se hospedar, dentro ou fora da Medina? Se você ainda não sabe, a Medina é a parte mais tradicional das cidades, o centro antigo e histórico cercado por muros centenários, onde ficam os mercados de artesanatos, feiras, as mesquitas mais importantes e que serve como local de residência de muitos marroquinos.

Quem escolhe se hospedar dentro das Medinas geralmente procura vivenciar de perto as tradições marroquinas, mas é preciso estar disposto a andar bastante, já que os carros não entram na Medina de Fez e na de Marrakech apenas até alguns pontos, estar ciente que em algum momento vai se perder pelas ruelas e becos e vai ser um alvo fácil dos aproveitadores, que nem sempre os cheiros e sons serão os mais agradáveis, que pode ser perigoso caminhar por lá a partir de certa hora da noite, que supermercados, bancos e tudo que remete ao mundo ocidental fica do lado de fora das Medinas, além de um respeito maior aos costumes, tradições e regras do islamismo no interior das muralhas.

Já no centro e bairros adjacentes localizados fora das Medinas estão o hotéis de redes internacionais, restaurantes de comida fast-food, shoppings centers, locadoras de veículos, além do fácil acesso ao transporte público, táxis, estações rodoviárias e de trens, bancos e outras facilidades.

Fes Centre Ville
Centre de Fez

Me hospedei na Medina de Fez por 3 noites pois queria viver a experiência, mas sinceramente não faria essa escolha novamente e não recomendo a nenhum viajante, principalmente aos menos experientes.

Em Marrakech optei por me hospedar fora da Medina, no Hotel Le Grand Imilchil, um hotel simples mas confortável no moderno bairro Gueliz, a poucos metros do portão que dá acesso a praça Jemaa el-Fna, principal ponto turístico da Medina. 

Foi uma ótima decisão pois me permitiu escolher um hotel como opção de hospedagem com um custo benefício bem melhor do que os riads da Medina, ter fácil acesso a supermercados, restaurantes não turísticos e os de redes internacionais como Mcdonald´s, Burguer King e Pizza Hut, poder caminhar pelas ruas mesmo tarde da noite e o melhor de tudo, longe do constante assédio dos aproveitadores sempre presentes nas Medinas.

Polícia do Marrocos

Os policiais marroquinos estão por todos os lados. No centro das grandes cidades aparentemente há um a cada esquina, semáforo e rotatória. Param carros e motos a todo momento, solicitando a documentação.

Nas estradas você verá uma viatura e policiais abordando a cada pequena cidade. Os postos policiais tem uma espécie de cancela que podem ser acionadas para parar todos o tráfego, assim como placas colocadas na via com os comandos “Ralentir” (reduza a velocidade) e logo em seguida “Haute” (parar). Sempre que avistar essas placas reduza bem a velocidade e literalmente pare ao lado da placa “Haute” e aguarde o comando do policial, que vai indicar se você pode seguir viagem ou se deve deslocar o veículo até o acostamento para ser fiscalizado.

Eu fui parado duas vezes. Na primeira o policial me pediu em inglês passaporte, habilitação e documento do veículo, logo liberando para seguir viagem. Já na segunda vez, como aparentemente o policial não falava nada de inglês, apenas olhou meu passaporte e sinalizou para eu seguir viagem.

Diferente do que alguns blogs relatam, a polícia marroquina tem ordens diretas do Rei para serem sempre simpáticos e não incomodar os turistas estrangeiros, assim como tampouco solicitar qualquer tipo de vantagem indevida e isso me foi dito por marroquinos.

Respeite as regras de trânsito e principalmente o limite de velocidade, já que eles sempre estão um radar em mãos e não terá problemas. Agora se for pego transitando acima velocidade permitida ou cometendo infração de trânsito provavelmente será multado e terá que pagar a multa no ato.

Brasileiros podem dirigir no Marrocos portando CNH brasileira (confira no site do governo brasileiro), não sendo necessário emitir uma PDI (Permissão Internacional para Dirigir).

Em Marrakech há controle policial ou de seguranças privados para entrar nos shoppings, lojas de departamento e no aeroporto tendo em vista as constantes ameças de atentado terroristas. Mas fique tranquilo, o último foi em 2011 e de lá para cá, após o rígido controle implantado pela polícia, eles nunca mais aconteceram.

Deslocamentos internos

1) Carro alugado

Quem optar por alugar um carro vai encontrar estradas imersas a lindos cenários, quase sempre com bom asfalto, mas cheias de curvas, precipícios, montanhas, vilarejos e até mesmo dromedários sobre a pista, isso já nas proximidades do deserto do Saara.

Não diria que é uma boa opção para qualquer viajante e só indico para pessoas experientes em viagens de longas distâncias e em trechos de montanha.

É fundamental alugar um bom carro, de preferência automático, com GPS, a diesel e potente. Não adianta querer economizar alugando o carro mais barato e ele te deixar na mão quando precisar de mais torque para uma ultrapassagem ou nas intermináveis subidas das montanhas do Atlas.

Eu viajei sozinho dirigindo desde Fez até o Mergouza no deserto do Saara e de lá até Marrakech, em um percurso de aproximadamente 1.300 quilômetros.

Roud Trip Marrocos
Estrada entre Fez e Merzouga

A locadora escolhida foi a Avis, por ser uma grande locadora presente em todo o mundo, o que me passou confiança, além do fato da taxa para entrega em outra cidade ser bem menor do que as que as outras locadoras estavam cobrando. Me passaram um Renault Clio a diesel com poucos quilômetros rodados, ar condicionado, GPS no painel multimídia, alarme, trava e que me surpreendeu, enfrentando bem o desafio, indo da origem ao destino sem apresentar qualquer problema.

Veja como foi a experiência do Viajar pelo Mundo no post Dirigir no Marrocos sim ou não?, do Tô Pensando em Viajar no post 10 dias no Marrocos: uma viagem de carro inesquecível e do Prefiro Mochilar em Roteiro Marrocos: uma viagem de carro de forma independente.

2) Tour com agências de turismo

Quem não quiser dirigir pode optar por se juntar a um tour compartilhado ou contratar um tour exclusivo para viajar de Fez até Mergouza e conhecer o deserto, retornar a Fez ou seguir para Marrakech e vice-versa.

Os irmãos portugueses Rita e João Leitão organizam tours pelo país, tendo como principais clientes brasileiros e portugueses.

Veja como foi a experiência do Pegadas na Estrada viajando em um tour privado e do Tire a bunda do sofá viajando em tour compartilhado.

3) Trem, ônibus, avião

Se você prefere viajar por conta própria e não quer ou não pode alugar um carro, poderá se deslocar entre as principais cidades do país (Fez, Meknés, Casablanca, Rabat e Marrakesh) de trem, ônibus ou avião. Já para as cidades menores do interior, principalmente as da região do deserto, só restará a opção de viajar de ônibus.

Train Station Fes
Estação de trem em Fez

Veja como foi a experiência do Vou na Janela viajando de trem no Marrocos.

Compras no Marrocos

O comércio no Marrocos funciona à moda antiga, na base da negociação dos preços. Para nós isso pode parecer um tanto quanto antiquado e até mesmo irritante.

O fato é que raramente os produtos terão etiqueta com preços, principalmente nas lojas dentro das Medinas (há exceções) e o vendedor dará preço de acordo com “a sua cara”, sempre esperando que você negocie.

O ideal é oferecer metade do que ele pediu e ir negociando até chegar em um bom valor para as ambas partes. Se você, assim como eu, não gosta disso, dê preferência para fazer suas compras nas poucas lojas que tem preços marcados.

Mais uma vez cuidado com os aproveitadores, pois alguns “comerciantes” podem passar preços exorbitantes, muito acima da realidade e você, como não terá noção do real valor do produto, pode acabar sendo passado para trás.

Uma boa dica é nunca comprar nada de primeira, sempre rodar um pouco para conferir o preço do produto em outras lojas e então voltar na com melhor preço.

Souk Fez
Souk na Medina de Fez

Chip de Internet

Tendo em vista tudo que está nesse post, ter conexão de internet é fundamental para o sucesso da sua viagem. É fácil conseguir um chip de uma das operadoras locais, mas você provavelmente precisará de ajuda para fazer as configurações, já que as mensagem e o atendimento via ligação são em árabe.

As principais operadoras locais são a Inwi e a Maroc Telecom e se você tiver sorte vai encontrar promotoras de vendas distribuindo chips gratuitamente no aeroporto. Nesse caso, já peça para que configurem e coloquem crédito suficiente para ter internet durante toda a sua estádia.

Você poderá optar por planos apenas de internet ou de internet e ligação. Em qualquer banca de revista e mercadinho você também encontrará os SIM Cards, porém é bem provável que um aproveitador vai te cobrar caro pelo chip e ainda tirar alguma vantagem no valor que você pedir de recarga.

Se você não encontrar as promotoras de venda no aeroporto, dê preferência para lojas próprias das operadoras existentes nos shoppings, estações de trem e no centro das cidades. Nunca tente comprar um chip no comércio das Medinas pois eles vão tentar tirar vantagem de você, assim como fizeram comigo.

Se você prefere desembarcar no Marrocos com o celular conectado à internet, uma alternativa é adquirir um chip internacional de dados da Easysim4u. Custam a partir de U$52 (5 dias de uso) com franquia de internet ilimitada. O chip é enviado para sua residência no Brasil e nossos leitores não pagam frete inserindo o cupom MOCHILAOBARATO na tela de pagamento.

Cuidado ao fotografar

Tome muito cuidado ao fotografar cenas onde marroquinos aparecem, principalmente os que usam trajes típicos e/ou religiosos.

O país que deveria ser uma fonte de belos cliques para qualquer fotógrafo que gosta de retratos, acabou me decepcionando. As pessoas por lá não gostam de ser fotografadas. Mesmo quando você tem a intenção de registrar apenas a paisagem, elas escondem o rosto quando veem sua câmera, principalmente as mulheres.

Tentei fotografar algumas crianças em um vilarejo que usavam trajes típicos, mostrei a câmera e fiz um mímica perguntando se poderia fotografar e elas saíram correndo. A partir desse momento não tentei mais fotografar pessoas e tomava o cuidado antes de fotografar paisagens de verificar se havia alguma pessoa na cena para evitar problemas.

Se for visitar um Souk (local nas Medinas onde acontece o comércio popular) evite fotografar, pois alguns comerciantes podem te cobrar por tirar uma foto de sua barraca ou loja.

Cuidado com os aproveitadores que ficam nas Medinas, principalmente na de Marrakech, com animais presos em correntes ou serpentes “encantandas” e no momento que você os fotografa virão atrás para cobrar bem caro pela foto.

Deserto do Saara no Marrocos
Nascer do sol no deserto do Saara

Ramadã

Como foi dito no início do post, o Ramadã é um dos 5 pilares do islamismo, consistindo em guardar jejum durante todo um mês uma vez por ano, do nascer ao pôr do sol, não se alimentando e não ingerindo qualquer tipo de líquido, nem mesmo água.

É obrigatório para todo muçulmano a partir da adolescência, exceto para aqueles que por determinados motivos estabelecidos pelo alcorão não puderem jejuar naquele período, mas que deverão obrigatoriamente guardar o mesmo período logo que o motivo não mais se fizer presente, assim como aquele que quebrar o jejum sem justificativa precisa jejuar pelo dobro do período.

Visitar o Marrocos e qualquer outro país muçulmano durante o Ramadã é uma experiência única, engrandecedora e importante para o desenvolvimento cultural de qualquer viajante não islâmico. Entretanto, é preciso respeitar algumas regras e saber de algumas dificuldades que poderão ser vivenciadas.

Durante esse período o fiel está autorizado a fazer a primeira refeição do dia, o Su-Hoor, por volta das 3h da madrugada, substituindo o café da manhã e que serve para prover energias para realizar o jejum que estará por vir. Ou seja, as pessoas acordam durante a madrugada para se alimentar e dependendo da acomodação que você escolher isso pode te incomodar.

Vi relato de pessoas que não estavam conseguindo dormir bem, pois a família que administrava o riad onde estavam hospedados faziam muito barulho durante a madrugada preparando e tomando o Su-Hoor.

Após essa refeição eles só podem se alimentar e ingerir líquidos após o pôr do sol, quando acontece o Iftar e todo muçulmano deve quebrar o jejum imediatamente, mesmo antes da oração, em um momento de confraternização entre os membros da família, amigos ou colegas de trabalho, em uma celebração de fé e alegria, realmente muito bonito de se ver.

Durante o Ramadã as pessoas frequentam mais as mesquitas do que nos demais períodos do ano, geralmente após o Iftar.

O turista e o Ramadã

E no que mais isso impacta a vida do turista? Durante o Ramadã a maioria dos restaurantes deixa de funcionar no horário do almoço, mesmo nas grandes cidades.

Nessas é mais fácil encontrar um restaurante turístico aberto ou as redes de fast-food. Já no interior do país pode ser que nenhum estabelecimento esteja aberto e você fique sem ter onde comer. Até mesmo tendas e pequenos mercados ficam fechadas durantes o dia, então é bom que você esteja preparado e tenha comida suficiente para passar o dia se estiver dirigindo pelas estradas marroquinas durante o Ramadã ou em uma cidade pequena.

Evite se alimentar e beber água na rua, na presença de muçulmanos, principalmente dos mais velhos, pois eles podem se irritar com isso.

Boates e bares de cidades como Marrakech podem estar fechadas ou com pouco movimento, assim como não servir bebidas alcoólicas nessa época do ano.

O Ramadã acontece durante o 9º mês do calendário islâmico, que por sua vez é lunar e consequentemente varia de ano para ano, podendo acontecer por todos os meses e estações do ano, tendo duração entre 29 e 30 dias.

Os próximos meses do Ramadã correspondentes no calendário gregoriano serão:

– 2019: 6 de maio – 3 de junho;
– 2020: 24 de abril – 23 de maio;
– 2021: 13 de abril – 12 de maio;
– 2022: 2 de abril – 1 de maio;
– 2023: 23 de março – 20 de abril.

Gorges du Todgha
Gargantas de Todra

Saiba mais em Ramadan no Marrocos: o que é, quando acontece, como turistas devem se comportar.

Homossexualidade é crime

Não só no Marrocos, como em pelo menos outros 71 um países. Por lá o “crime” é punido com penas até 3 anos de prisão. E infelizmente o país leva a lei a sério e tem mandado muitos gays para prisão, incluindo turistas.

Foi o caso do turista britânico Ray Cole, preso em 2014 quando tinha 69 anos, após viajar para Marrakech para visitar seu namorado marroquino. Ele foi acusado com base em imagens encontradas pela polícia em seu celular, ficando cerca de 20 dias preso, sendo então libertado para responder o processo em liberdade após forte pressão da comunidade internacional.

Mas os casos de prisão de marroquinos normalmente não chegam à imprensa internacional e muitos deles são denunciados e entregues pelas próprias famílias. Um caso que chocou todo o mundo foi das duas adolescentes de 16 e 17 anos presas após terem sido denunciadas por um parente que as fotografou durante um beijo sob a acusação de manterem um relacionamento lésbico. No ano passado, o ministro dos Direitos Humanos do Marrocos qualificou os gays como “lixo”e a homossexualidade como “asquerosa”.

Sem entrar no mérito da questão religiosa e da Sharia, conjunto de leis islâmicas baseadas no Alcorão que reprovam a homossexualidade, até porque a Bíblia cristã também o faz, é um absurdo que nos dias de hoje ainda existam 72 países que criminalizam as relações entre pessoas do mesmo sexo.

Mas como essa é a realidade do Marrocos, fica o alerta aos turistas para ter muito cuidado com a demostrações de carinho ao visitar o país, seja homo ou hétero afetivo, já que o primeiro caso pode render prisão de até 3 anos e o segundo a reprovação por parte da população.

Casais homossexuais podem ser rejeitados em hotéis e casais heterossexuais podem precisar apresentar certidão de casamento para serem aceitos em alguns hotéis (verifique as entrelinhas antes de realizar a reserva). 

Não se assuste ao ver 2 homens marroquinos tocando as faces ao se saudar ou andando de mãos dadas, pois esse é um comportamento natural e aceitável dentro da cultura árabe.

Atualização 15/01/2019: Infelizmente mais casos de preconceito e discriminação foram relatados pelo jornal El País no início desse ano.

Custos

É um destino barato para os brasileiros, já que o real é mais valorizado que o dirham, moeda do Marrocos.

Além disso as constantes promoções da Royal Air Maroc com voos diretos de Guarulhos para Casa Blanca, a possibilidade de encontrar passagens por cerca de 35 mil pontos multiplus em voos de Guarulhos para Marrakech com escala em Madri e ainda de associar uma viagem para Europa com uma visita ao Marrocos através das companhias de baixo custo europeias, com destaque para os voos de 16 euros da Ryanair entre Sevilha e Marrakech fazem do Marrocos um dos destinos mais acessíveis da África.

Gasta-se menos do que em uma viagem pelo Brasil com alimentação e hospedagem. Os deslocamentos internos também têm baixo custo e quem opta por viajar de carro alugado vai pagar pelo combustível o equivalente ao que pagaria aqui no brasil, com a vantagem do diesel render bem mais que a gasolina.

A maioria dos passeios não envolve custos com ingressos e quando a entrada é cobrada o valor costuma ser irrisório. Quem opta por viajar através de tours vai encontrar opções para todos os bolsos, claro que com diferentes opções de hospedagem, veículo utilizado e quantidade de pessoas no grupo.

Mesquita Cutubia
Parque Lalla Hasna em Marrakech

SEGURO VIAGEM PARA O MARROCOS

Não é obrigatório contratar seguro viagem para ser aceito como turista no Marrocos, mas é muito importante contratar um. A saúde pública no Marrocos é gratuita apenas para marroquinos pobres, devendo o restante da população pagar por qualquer atendimento, assim como os turistas. 

A maioria dos médicos por lá só falam francês ou árabe, mas há clínicas particulares que se especializam no atendimento estrangeiro. Contratar um seguro viagem com boa cobertura é essencial para garantir sua tranquilidade durante a viagem.

Nós sempre contratamos através da SegurosPromo, um site que compara preços em diversas seguradoras, apresentando diversas opções para que o viajante escolha a que melhor se encaixe no seu perfil.

Para essa viagem eu contratei o seguro Intermac 60 Prata da Interma Assistance por R$112,18 para os 10 dias de viagem, com excelente cobertura de U$60.000,00 para assistência médica por acidente, despesas médicas hospitalares e enfermidades inclusas as pré-existentes, assim como assistência odontológica, farmacêutica, translados médicos, translado de corpo, remoção em caso de emergências, indenização por atraso de voo, passagem de ida e volta para familiar em caso de internação do segurado no exterior, garantia da viagem de regresso, indenização por cancelamento emergencial da viagem, seguro bagagem, por invalidez e morte, dentre outras coberturas (confira a apólice).

Havia outras opções mais baratas, porém com cobertura inferior. Em uma rápida busca pelo Google você vai encontrar vários casos de viajantes que adoeceram ou se acidentaram no exterior e a baixa cobertura do seguro contratado não foi suficiente para arcar com os gastos. Por isso, é muito mais seguro contratar uma apólice com coberturas mais altas e melhor custo benefício.

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Alguns dos blogs acessados durante o planejamento dessa viagem

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38 comentários

  1. Cristina 02/08/2018
    • Mochilão Barato 02/08/2018
  2. Heloisa Soares 07/08/2018
    • Mochilão Barato 11/09/2018
  3. Ully O Flores 03/01/2019
    • Mochilão Barato 03/01/2019
  4. Isabelle 09/01/2019
    • Mochilão Barato 11/01/2019
    • Raquel Moura 28/01/2019
  5. Nivia 25/03/2019
    • Mochilão Barato 25/03/2019
  6. patricia 29/03/2019
    • Mochilão Barato 01/04/2019
  7. Anônimo 17/04/2019
  8. Lúcia Macedo 23/04/2019
    • Mochilão Barato 23/04/2019
  9. Anônimo 07/06/2019
    • Mochilão Barato 07/06/2019
  10. Mineira demais 24/06/2019
    • Mochilão Barato 24/06/2019
  11. Bruno Pereira 18/07/2019
    • Mochilão Barato 18/07/2019
  12. Reginaldo Júnior 09/11/2019
    • Mochilão Barato 09/11/2019
      • Alexsandro Andrade 18/01/2020
  13. Maria Helena Colombini 27/01/2020
  14. Anônimo 26/11/2020
  15. excursy 21/01/2021
  16. Anônimo 09/02/2021
    • redação 17/02/2021
  17. Marcia Picorallo 14/06/2021
    • redação 15/06/2021
  18. Lahcen oulfakir 18/07/2021
  19. Viviana Velasco 25/11/2021
    • redação 27/11/2021
  20. Viajar Marrocos Tours 27/08/2023

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